segunda-feira, 2 de julho de 2012


És todo o exposto
oculto impossível
Dos pés ao rosto
poesia perecível
És a tinta
e o esboço
Da pintura estriada
descabida
Fora de moldura
retas, traços
curvaturas
Que distinguem
Tu
obra tão inigualável
de essência revestida
Que te tornas moldável
pelas diretrizes do tempo
O que dizes?
Quando te reescrevo?
Eu temo
Pela tua pintura
Escrita
Em alto relevo
apenas não me contenho
Preciso compor em ti
e por ti
Pele
Face de meu segredo
Tão revelado
Que toca o que é de dentro
da mesma forma quando te leio
Prescrita em outro monumento
outro que não esconde
a alma e seu retrato
posto que se tornas por ti
pele
puro devir
de um presente- passado
quando toco
histórias
marcas
pecados
São tuas...
Somente tuas...
Poesias
De puro tato.



3 comentários:

  1. Sério, fico bobo com você. De novo andei passando por aqui, novamente supreendido! Essa sua mania de escrever para todos de você é espetacular. Bjo, moça bonita!

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  2. Assustadoramente de perto, mesmo que parecesse tão distante.

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