terça-feira, 22 de julho de 2014

há algo de febril
no ato de escrever
álcool
que levianamente pousa
nas letras e pulsa
a poesia presa
nas retinas do sonho
febre
que escorre
pelos vazios do corpo
e os excede
transpondo
o limite do verbo
aberto por seu torpor
escapam as palavras
de seus sentidos
tontos
loucura de babas espessas
brancas ondas
num desvario exausto
da escrita embriagada
molhada no papel
há algo que exala
no ato de escrever
odor que paira
no quarto
na sala
éter suave
do suor da poesia
que em ti
repousa.

.






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