terça-feira, 11 de novembro de 2014


correr
até o limite
fundo
de tudo aquilo
que vive
inquieto
até os pés
cansarem
do chão
e voarem
na altura
de qualquer sonho
incerto
e sem medo
de tocar
o desconhecido
apenas correr
até o limite do corpo
comer vento
atravessar segundos
o próprio tempo
escorregar de si
e do outro
ser
correndo
virar alma
criar asas
ser o suspiro
sem passado
ou futuro
percorrer apenas
o momento
da eterna
viagem.

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