terça-feira, 21 de abril de 2015

abril
abre-se em azul
de céu
enquanto tomo o café
e escuto Milton
abro-me de repente
em Minas
doces lembranças
tomam-me o corpo e se despedem
bom dia,
hoje
abril
abre-se em azul
de mar.

sábado, 18 de abril de 2015

em mim
habita
o canto mais profundo
desconhecido
horizonte
aberto dentro do corpo
músicas suaves
tocadas como janelas abertas
penetráveis
de paisagens sonoras
ressoa
selvagem
o som
desafinado das entranhas
meu ritmo é essa desordem
toda
que me organiza
inteira
voz
que passeia em poema.