quarta-feira, 9 de março de 2016


o verso se faz
em seu sábio tecido
de linhas invisíveis
soltas
pelas palavras que costuro
o verso se faz
estendido entre minha língua
e o sonho
das noites em que passo sozinha
inquieta
o verso se faz
para que eu possa sê-lo
no corpo,
ser também por ele
escrita,
nas letras que me acompanham
sempre
em vigília
o verso se faz
presente
quando tudo é ausência.