domingo, 3 de setembro de 2017

não há paradeiro
para o desejo
ou a espera que carrego no espaço que vai da janela
ao horizonte
ensejo
vejo as montanhas e as percorro
com o corpo todo
correndo
de minha miragem ao vento
meus olhos atravessam o sol
não mais distante que a paisagem
nem tão perto quanto a brisa
que sussurra gentilmente em meus ouvidos
é a espera desejosa e secreta
habitante de minha alma  nômada
porque sou também
cavalo selvagem
negro
quando secretamente navego
a beleza das íntimas distâncias.



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